Alumínio

  O alumínio é um elemento não essencial, utilizado como antiácido estomacal e agente quelante de fosfato para pacientes em diálise. As vias de absorção são inalatória, oral, dérmica e parenteral. O alumínio se deposita no cérebro e nos ossos, sendo lentamente eliminado. A excreção é predominantemente renal, correspondendo a mais de 95% do total. Devido a sua presença ubíqua no ambiente, a população geral é frequentemente exposta através do consumo de alimentos e água. No entanto, a absorção gastrointestinal de alumínio da dieta é inferior a 1%. Sais de alumínio também são utilizados em produtos antitranspirantes e como adjuvantes em vacinas. No entanto, a quantidade que permanece no organismo após a imunização é muito pequena. Exposição significativa é observada, geralmente, em trabalhadores expostos ao alumínio por inalação e em pacientes que recebem soluções contendo alumínio por via parenteral. Sua dosagem em soro é o exame de escolha para monitorar intoxicação por alumínio nos indivíduos com doença renal crônica em diálise. Nestes, a depuração renal comprometida, associada ao uso de medicamentos e soluções de diálise contendo alumínio, pode acarretar intoxicações. No Brasil, os pacientes em hemodiálise devem realizar dosagem de alumínio sérico a cada 12 meses. Já a dosagem de alumínio na urina é utilizada principalmente na monitorização de trabalhadores expostos. Resultados aumentados também podem ser encontrados em amostras de pacientes com próteses ortopédicas metálicas. Como o alumínio está amplamente distribuído no ambiente, a etapa pré-analítica de sua dosagem, ou seja, a coleta e o preparo da amostra biológica, precisa ser controlada rigorosamente, a fim de evitar contaminação externa. Entre as principais fontes de contaminação estão o tipo de recipiente utilizado e partículas provenientes do ar. Recipientes de vidro são contraindicados devido à presença de óxido de alumínio.

 

Resultados