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Cálculo, Análise Físico e Química

  Urolitíase é caracterizada pela presença de urólitos (cálculos, concreções ou pedras) ao longo do trato urinário.

  A realização da análise da composição de cálculos urinários removidos é muito importante pode auxiliar a investigação dos mecanismos envolvidos em sua formação. Existem diversos fatores que predispõem à formação destes cálculos, incluindo fatores individuais, dietéticos, ingestão de água, fatores sistêmicos, infecções urinárias, entre outros. É importante que se faça a análise dos cálculos para guiar a conduta terapêutica de forma mais específica, uma vez que alguns urólitos são evitados por meio de correções dietéticas.

  A identificação da composição química e estrutural dos cálculos urinários é de extrema utilidade para a consciência das causas que levaram a formação, e também permite a escolha de um protocolo para o manejo correto e para evitar as recidivas.

  Aproximadamente 80% dos pacientes com urolitíase apresentam cálculos de cálcio, compostos primariamente por oxalato de cálcio ou, menos frequentemente, fosfato de cálcio.
  Os outros tipos principais são os cálculos de ácido úrico, estruvita (fosfato amoníaco magnesiano) e cistina.
  A composição do cálculo depende da alteração metabólica subjacente ou condição predisponente.
  Os cálculos de oxalato e fosfato de cálcio, por exemplo, podem estar relacionados a Hipercalciúria, Hiperoxalúria, Hipocitratúria,
  Acidose Tubular Renal tipo I, Hiperparatireoidismo primário, entre outros.
  Os cálculos de ácido úrico se devem a superprodução e excreção de ácido úrico ou pH urinário persistentemente baixo.
  Os cálculos de estruvita são formados em pacientes com infecção do trato urinário por microrganismos produtores de urease, como as bactérias Proteus ou Klebsiella.
  Os pacientes afetados apresentam frequentemente múltiplos cristais de fosfato amoníaco magnesiano no exame de urina.
  Já os cálculos de cistina se desenvolvem somente em pacientes com cistinúria, uma doença autossômica recessiva diagnosticada pela identificação de cristais de cistina no exame de urina e pela dosagem da excreção de cistina em urina colhida durante 24 horas.

 

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