Chlamydia Trachomatis, Anticorpos IgM
A Chlamydia trachomatis é uma bactéria gram-negativa intracelular e o agente patogênico da uretrite não gonocócica, linfogranuloma venéreo, tracoma, conjuntivite de inclusão, pneumonia neonatal e síndrome de Reiter.
A maioria das infecções por clamídia é assintomática. Testes sorológicos não são usados rotineiramente, de forma isolada no diagnóstico de infecções genitais pela C. trachomatis em adultos, tendo maior utilidade em neonatos, pacientes com quadros sistêmicos e em inquéritos epidemiológicos.
Aumento de 4 vezes ou mais em títulos de amostras pareadas de soro de fase aguda e convalescente obtidas com 7 a 10 dias de intervalo, quando associada a quadro clínico compatível, pode indicar uma infecção aguda. IgA anti-Chlamydia Trachomatis pode ser detectado na doença ativa e em adultos é mais frequentemente encontrado que o IgM na fase aguda.
Um resultado sorológico negativo não exclui uma infecção visto que na fase inicial anticorpos podem ainda não estar presentes. Mantida suspeição clínica e resultado negativo recomenda-se confirmação com outro método.
A sorologia não é útil para controle de cura. IgG anti-Chlamydia Trachomatis está presente em 100% das crianças com pneumonia e conjuntivite de inclusão, podendo significar, entretanto, transmissão materna passiva de IgG.
A prevalência do anti-chlamydia IgG é alta em mulheres, mesmo naquelas sem infecção aguda, o que diminui sua importância diagnóstica.