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Coronavírus 2019, Anticorpos IgG (COVID-19)

  Os testes sorológicos para COVID-19 são testes para detecção de anticorpos das classes IgA, IgM, e IgG produzidos pelo organismo após a infecção pelo Coronavírus 19. 

  São exames que podem ser utilizados para auxílio diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2, desde que suas restrições sejam conhecidas e os resultados interpretados corretamente. 

  Principais restrições: 

  Possibilidade de falso negativos, devido a janela imunológica de cerca de 7 a 10 dias após o início dos sintomas, podendo se estender até mais que 20 dias;

  Possibilidade de falso positivos, devido a interferência por anticorpos heterofilos e reações cruzadas, em caso de infecção por outros vírus; 

  A performance do teste é variável de acordo com o teste utilizado, uma vez que não há padronização entre fabricantes em relação ao antígeno e à metodologia empregados. De uma forma geral, os testes ELISA e quimioluminescência apresentam desempenho superior aos testes imunocromatográficos (rápidos). 

  Avaliação de imunidade: ainda não há comprovação de que o surgimento de anticorpos IgG está associado com imunidade contra o SARS-CoV-2. Interpretação e orientações: 

  Resultado reagente: deve ser avaliado mediante a clínica a epidemiologia do paciente, levando em consideração a possibilidade de reação cruzada ou interferência em pacientes com infecção por outros vírus. 

  Resultado não-reagente: deve ser considerada a possibilidade de resultado falso-negativo por quantidade insuficiente de anticorpos e principalmente devido à janela imunológica. 

  É indicada a realização de RT-PCR para SARS-CoV-2, ou painel para detecção de múltiplos microrganismos em amostras respiratórias, ou repetição do teste sorológico em nova amostra, de acordo com a disponibilidade dos testes e julgamento médico. 

  Indicações: 

  Pacientes com quadros respiratórios graves e suspeita de COVID-19, com sete ou mais dias de sintomas, quando o resultado do exame de RT-PCR ainda não está disponível. Neste contexto, um resultado não-reagente não descarta a infecção. 

  Estudos epidemiológicos referentes ao percentual de pessoas expostas na população e que já desenvolveram anticorpos. 

 

Resultados