HTLV I e II, Anti
O vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV, do inglês Human T-lymphotropic vírus) foi o primeiro retrovírus a ser descoberto. Linfócitos infectados por HTLV-1/2 estão presentes em fluidos corpóreos (sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno), e podem ser transmitidos por transfusão de sangue e hemocomponentes celulares, transplante de órgãos, uso de drogas injetáveis com compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas, relações sexuais desprotegidas e transmissão vertical.
A transmissão vertical pode ocorrer por via placentária, durante o parto e, principalmente, pelo aleitamento materno. O HTLV 1 apresenta grande variedade de manifestações clínicas, destacando-se a mielopatia associada ao HTLV-1/paraparesia espástica tropical (HAM/ TSP, do inglês HTLV-1 associated myelopathy/tropical spastic paraparesis), a leucemia-linfoma de células T do adulto (ATLL) e manifestações pulmonares, dermatológicas, oculares entre outras.
O diagnóstico da infecção por HTLV-1/2 é realizado em duas etapas, triagem sorológica que se reagente demanda teste confirmatório (western- Blot ou teste de biologia molecular. A triagem sorológica inclui ensaios sensíveis que detectam anticorpos contra HTLV 1 e 2 sem, entretanto, distingui-los.
A confirmação diagnóstica da infecção por HTLV pode ser realizada a partir de métodos sorológicos como o Western blotting (WB) ou por biologia molecular. Em crianças com menos de 18 meses, o diagnóstico deve ser efetuado usando teste molecular em amostras repetidas de sangue devido a transmissão de anticorpos da classe IgG maternos por via transplacentária. O WB permite reconhecer a presença de anticorpos para diferentes antígenos virais do HTLV 1 e 2, diferenciando-os.
As técnicas de biologia molecular para diagnóstico confirmatório e diferencial da infecção pelos vírus HTLV fundamentam-se primariamente na detecção do ácido nucleico viral, na forma de DNA proviral, uma vez que o HTLV não apresenta viremia plasmática significativa.