Levetiracetam, Dosagem
O levetiracetam é um medicamento antiepiléptico indicado no tratamento de crises parciais, de crises mioclônicas (epilepsia mioclônica juvenil) e crises tônico-clônicas generalizadas (epilepsia idiopática generalizada).
Rapidamente absorvido por via oral, o fármaco tem biodisponibilidade próxima de 100%. Seu perfil farmacocinético é linear, com uma baixa variabilidade intra e interindividual. Os picos das concentrações plasmáticas (Cmáx) são atingidos em uma hora e meia (de 50 minutos a uma hora em crianças) após a administração. Observa-se o estado de equilíbrio dois dias após um esquema de administração de duas vezes por dia. A meia-vida plasmática em adultos é de 7 ± 1 horas, e não se alterou com a dose, via de administração ou com a administração repetida.
A absorção do levetiracetam não sofre alteração com a ingestão de alimentos, mas a taxa de absorção diminui ligeiramente.
O medicamento tem como via principal de excreção a urinária, sendo responsável por 95% da dose.
Em idosos, a meia-vida é aumentada em cerca de 40% (de 10 a 11 horas), o que está relacionado com a diminuição de sua função renal. Assim, recomenda-se um ajuste da dose nos indivíduos dessa população que tenham alteração da função renal.
O levetiracetam não altera as concentrações séricas de fenitoína, carbamazepina, ácido valproico, fenobarbital, lamotrigina, gabapentina e primidona e estes não influenciam sua farmacocinética.
O antiepiléptico em questão não é extensivamente metabolizado nos humanos. A principal via metabólica (24% da dose) é uma hidrólise enzimática do grupo acetamida. A produção do metabólito primário, o ucb L057, não está associada ao citocromo P450 hepático ou a suas isoformas.
Os sintomas de intoxicação pelo levetiracetam incluem sonolência, agitação, agressividade, nível de consciência reduzido, depressão respiratória e coma.