Tipagem Sanguínea

Os antígenos eritrocitários são geneticamente determinados e podem ser classificados em diversos sistemas. Os de maior expressão são os sistemas ABO e Rh (CDE). Os anticorpos do sistema ABO são naturais (isoaglutininas), enquanto os do Rh/CDE ocorrem em situações patológicas. A determinação dos antígenos eritrocitários deve ser feita para transfusão, transplantes e avaliação pré-natal. As isoaglutininas anti-A e anti-B presentes no recém-nascido são adquiridas passivamente da circulação materna. Essas isoaglutininas adquiridas passivamente desaparecerão gradualmente e a criança começará a apresentar isoaglutininas naturais aos 3 a 6 meses de idade. A frequência dos fenótipos ABO varia de acordo com a raça e a população estudada. Há alta frequência do fenótipo O (60%) em nativos americanos e algumas populações da África e Austrália. Aproximadamente 85% da população mundial é constituída de indivíduos Rh(D) positivos +. A expressão do antígeno D pode variar quantitativa ou qualitativamente, isso se deve a mutações no gene RHD. Indivíduos classificados como D fraco apresentam uma variação quantitativa de D, levando a uma reatividade sorológica fraca ao soro monoclonal anti-D. Transfusões de concentrado de hemácias ou recém-nascidos D fraco podem induzir a produção de anticorpos no receptor ou gestante, respectivamente. O fenótipo do D parcial ocorre em indivíduos que expressam uma variante qualitativa do antígeno D. Estes, quando expostos ao antígeno D completo, por meio de transfusões ou gestações prévias, podem desenvolver o anticorpo correspondente. A expressão dos antígenos ABO pode estar diminuída em desordens da hematopoese, como leucemias, especialmente as que decorrem da mutação cromossômica conhecida como Cromossomo Philadélfia e em talassemias. A expressão dos anticorpos anti-A e anti-B pode estar diminuída na idade avançada (acima de 65 anos), em menores de 1 ano, nas imunodeficiências (hipogamaglobulinemia, agamaglobulinemia) e no uso de imunossupressores.

 

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